Jesus
disse: Ninguém vem ao pai, a não ser por Mim (João 14.6)
Em
uma tarde de inverno Marcelo, um jovem cristão brasileiro aproveitou a
oportunidade para puxar conversa com um rapaz, sentado ao seu lado, em um avião
conduzindo ambos rumo a uma nova fase das suas vidas. Marcelo estava indo para
a faculdade, pois havia sido aprovado em uma das melhores dos Estados Unidos da
América. Já o outro jovem estava se mudando de um País para outro, por ter
terminado um casamento de apenas um ano e meio.
Vendo
naquela situação uma oportunidade para evangelizar, Marcelo não titubeou em
aplicar entre as palavras da sua conversa alguns pitacos sobre o poder
salvífico de Jesus, que ele sabia, estava aberto para todas as pessoas cujo
coração se encontrasse disposto para Ele.
Durante
algum tempo, aquele jovem ouvia de soslaio as palavras de Marcelo, dando mais
importância à paisagem desvanescente pela janela do trem, do que
necessariamente ao assunto espiritualístico proposto, até que, de repente e
agora bem convicto, o jovem tomou fôlego e disse: “Cara, eu não acredito em
nada disso. Eu não vejo as coisas como você vê, e também não creio como você
crê”.
Sem
pestanejar Marcelo teve pronta a sua resposta dizendo o seguinte: “Olha, quer
saber de uma coisa; esta forma de pensar importa para você, mas não
necessariamente para Jesus! Importante mesmo é o que Deus diz na sua palavra e
o que Ele deixou escrito para mim e para você” e ainda com os olhos fitos no
rapaz, lançou de uma comparação muito interessante: “Presta atenção! Nós
estamos indo para os Estados Unidos, e para chegar lá precisamos ter um
passaporte com visto, de acordo com as leis daquele País. Da mesma forma, se
quisermos entrar na Pátria Celestial, deveremos ter um visto autorizando
a nossa entrada, assim como, também precisaremos conhecer as leis celestiais dos
céus”.
Finamente
ele havia tido sucesso em chamar a atenção daquele jovem que parou de olhar
para a paisagem, focou os seus olhos nos olhos de Marcelo, e sem nada poder
fazer para impedir, fez verter pesadas lágrimas escorrendo pelo rosto.
Certamente foi uma grande emoção para os dois, pois naquele momento, mesmo sem
ter dito uma palavra, expurgou uma revolução muda, acontecendo no seu âmago: O
que será esse céu, qual a vantagem de estar lá, será que se eu tivesse
conhecido esse “tal” Deus, o meu casamento não teria terminado?
Em
uma confluência de sentimentos e pensamentos as emoções brotavam nos olhos do
jovem recém separado. Seu coração por alguns momentos ascendeu em uma condição
jamais vivida por ele anteriormente e aquilo não só o emocionava como também o
impulsionava em uma direção muito diferente de todas as outras tomadas por ele
até então. Suas perguntas não vieram em sons, mas naquelas lágrimas,
suficientes para Marcelo entender um milhão de palavras presas por anos no seu
coração.
Sem
deixar passar a oportunidade, Marcelo fez uma explicação da significância do
céu dizendo: “Viver no céu, não é apenas futuro, mas sim um presente.
A promessa feita por este Deus que eu lhe apresento, não se trata apenas de
algo futuro, pois Ele nos deu a certeza de uma vida justa e reta, mesmo aqui
onde nós estamos, inclusive neste avião! Você pode ter o seu casamento de
volta, assim como ter toda a sua vida transformada, bastando aceitá-Lo como seu
único e suficiente salvador.
Uma
história comum
Ao
ouvir falar sobre céu da forma como explanou Marcelo ao outro jovem, é quase
impossível não desejar estar lá um dia, assim como, não desejar viver as
bençãos de uma realidade diferente desde já, por meio de Jesus. Entretanto,
muitas vezes, em discussões religiosas como esta, é comum ouvir a seguinte
declaração: “Estamos em caminhos diferentes, mas um dia chegaremos ao mesmo
destino”.
De
uma forma muito estranha, algumas pessoas parecem conformar-se com o seu estado
atual, como se este fosse o único degrau possível de galgar em suas vidas, acomodadas
e simples para elas, porém nitidamente miseráveis para quem as vê de longe. Indivíduos infelizes, com histórias mal
começadas ou inacabadas, sem um futuro nítido e com passados avassalados por
uma diversidade de momentos dolorosos. Mais grave, é encontrar estas histórias
adentro das igrejas, assolapando milhares de cristãos cujas metodologias espirituais
e doutrinárias estão muito distantes da realidade escrita por Jesus como projeto
para a coroa da sua criação.
Mas
será que é isto mesmo que a bíblia diz? Será mesmo este o plano estabelecido
por Deus para a sua vida, ou quem sabe de alguém próximo? Até onde estamos
fadados a uma vida de sucesso ou insucesso, de vitórias ou perdas, de
felicidades ou tristezas?
Para
dar continuidade a este devocional, sugerimos a leitura do texto bíblico a
seguir.
João 14.1-6
Jesus fortalece os seus
discípulos.
“Não se turbe o coração
de vocês. Creiam em Deus; (ou vocês creem em Deus;) creiam também em mim. 2 Na
casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu teria dito a vocês.
Vou prepara lugar para vocês. 3 E, quando eu for preparar lugar, voltarei e os
levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. 4 Vocês conhecem o
caminho para onde eu vou. 5 Disse-lhe Tome: “Senhor, não sabemos para onde
vais, como então podemos saber o caminho?” 6 Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho
a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”.
Por
vezes tomamos a decisão errada. Nossos olhos têm a forte tendência de crer tão
somente em situações e objetos tangíveis, situação esta, capaz de conduzir o
homem ao erro, afinal de contas, não é possível ver Deus por meios naturais. Hebreus
11.11 nos fala de Sara que recebeu poder para gerar filhos, ainda que
estéril e avançada em idade, porque considerou fidedigno Aquele que lhe havia
feito a promessa. Ora! Sara não havia visto Deus, mas acreditou na sua capacidade
de gerar a partir do impossível. Definitivamente para esta Sara a fé era
a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus
11.1) o que dava a Ela possibilidades sobrenaturais de compreender o
seu passado, investir no seu presente e ter a certeza de um padrão pleno de
felicidade no futuro.
Não
se turbe o vosso coração
Note
o estado psicológico daquele jovem, viajando para fora do País, após um
desmanche familiar com resultados gravíssimos para todos à sua volta. Certamente
as suas lágrimas não refletiram apenas o momento existencial no qual estava
inserido naquele momento, mas toda uma história de vida, culminando naquele
trágico parágrafo, cujo ponto final o colocava assentado em uma poltrona de
avião, lançando-se fora das suas raízes.
O
desespero faz parte das pessoas sem Jesus. Não vê-Lo é desestruturante, não só
para cristãos, como também para todas as outras pessoas e esta é uma situação
gravíssima. Algumas pessoas não percebem estar longe de Jesus, simplesmente por
não conhecê-Lo de perto, porém sofrem as consequências tal e qual todas as
outras.
Jesus
revela-se à sua criação por dois modos diferentes: O primeiro uma revelação
ampla e geral, por onde todos os fenômenos naturais e sobrenaturais atingem
todas as pessoas. De outra forma, Ele se revela de forma íntima e especial, destinando
as suas frequências místicas a determinados indivíduos em específico.
O
fato é que, quando observamos estes dois padrões teológicos da revelação
divina, encontraremos a “revelação geral” aplicada a todos os seres humanos,
quer seja ela boa ou não nos seus resultados. Desta forma, sem uma visão
espiritual, as pessoas não compreendem os fatos à sua volta nem os resultados
deles sobre as suas vidas, porquanto, assim como, nos dias anteriores ao
dilúvio, comiam bebiam, casavam-se davam-se em casamento (revelação geral),
até o dia em que Noé, entrou na arca (revelação especial), e não
perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos (revelação geral(...
(Mateus 24:38-39)
Neste
sentido, é urgente ao ser humano entender as suas dores buscando “ver o invisível”,
adquirindo assim, capacidade de aplacá-las de forma ampla, por meio da plena
convicção de um verdadeiro aconchego vindo de Pai para filho. Hebreus
10.19-23 nos dá esta receita para gerar capacidade e evitar o desespero
quando diz: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu,
isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos
com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da
má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão
da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.
Vou
preparar lugar para vocês
Há
uma tendência nos momentos de desespero, comum à maioria das pessoas em acreditar
na sua “falsa” incompetência diante dos gigantes estanques, firmados nas mais
diversas frentes de batalha surgidas ao longo da vida.
A
Sagrada Escritura em sua sublime sabedoria, mostra um panorama muito diferente
em relação aos pensamentos do homem. Deus não vê e não pensa como o homem e
podemos perceber isto ao observar o momento da história quando Samuel procura
os filhos de Jessé para consagrar David. Em um primeiro momento, em 1ª.
Samuel 16.6-7 – Samuel viu Eliabe e pensou: “Com certeza é este que o
Senhor deve ungir”. 7 O Senhor, contudo, disse a Samuel: Não considere
sua aparência nem sua altura, pois eu os rejeitei, entretanto, o
Senhor não vê como o homem: O homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”.
Há
um lugar separado para você no meio desta afronta. Não se preocupe! Na casa do Pai
há muitas moradas e uma delas é especialmente preparada para as suas
necessidades, para os seus anseios e projetada para atender todos os seus
sonhos e projetos.
Você
conhece o caminho por onde Ele vai?
Aquele
jovem conhecia os seus problemas, os seus sonhos e até mesmo o País para onde
estava indo, porém ele não conhecia Jesus. Por mais que soubesse os caminhos
passados e a seguir, havia um em especial, capaz de mudar drasticamente a sua
vida, e do qual ele estava totalmente absorto. Jesus disse: Eu sou o caminho,
a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim (João 14.6).
Em tempo, ele tinha consciência de um caminho natural, humanístico e
racional limitado, porém não tinha a mente aberta para a amplitude de espectros
abertos ao místico sobrenatural ofertado por Jesus que, em dizendo, vem ao
pai, a não ser por mim”, oferecia a solução para situações e sentimentos
cujas curas, no mundo físico, só ocorreriam, e talvez, diante de anos de
terapia, antidepressivos ou quem sabe, na falta destes, litros e litros de
álcool.
O
homem evolui com o tempo, mas não percebe que somos frutos de um ser evoluído em
absoluto. Olhar para Ele, segui-Lo, entendê-Lo, é uma fonte inesgotável e
vitamínica capaz de elevar o entendimento humanístico em um nível superior ao
da capacidade mediana. O cristão racional, com ascendência cristocêntrica,
livre de religiosidades infantis, vê e pensa adiante, acreditando piamente na
possibilidade real de vencer obstáculos jamais superados por pessoas comuns.
Pode parecer pedante, mas não é! Você é fruto daquele que disse: Os meus
pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus
caminhos”, (...) “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os
meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos,
mais altos do que os seus pensamentos”.
Jesus
fortalece os seus discípulos
Aquele
jovem estava indo para longe dos seus problemas, mas não conseguiu perceber que
também estava indo para longe de todas as suas referências de felicidade. Longe
da família, do seu País e dos seus amigos, a jornada seria bem mais difícil e
dolorosa. Poderia até dar certo em um plano sofístico, mas jamais em um plano
espiritual e real.
Ser
discípulo de Jesus, não é ser “crente de
cadeirinha ou carteirinha!”, é ter a certeza de uma vida fortalecida na
presença dEle todos os dias porque “Deus não nos deu espírito de temor, mas
de fortaleza, e de amor, e de moderação (2ª Timóteo 1.7)”,
assim como Ele “dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não
tem nenhum vigor (Isaias 40.29)”.
Há
um novo e vivo caminho para você, para a sua família e para todos os seus
sonhos projetos. Aquele jovem desceu do avião após longas horas de voo, e
muitas lágrimas derramadas aos ombros de Marcelo, mas uma coisa ele aprendeu: Os
que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias;
correrão e não se cansarão; caminharão e não se fadigarão (Isaias 40.31).
Certamente
se você chegou até aqui, notou a falta do nome “daquele jovem”. Pois bem, há
uma intenção por trás disto de permitir a você ter a plena liberdade de dar
nome a ele. Quem sabe seja o seu nome, ou o nome de alguém próximo. Este devocional
tem a intenção de abrir o seu entendimento para focos mais amplos, oferecendo o
caminho a verdade e a vida, talvez, de uma forma diferente do seu dia a dia.
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Pr. Altamir de Souza | 2020
Na visão de multidões
Soundcloud - https://soundcloud.com/pr-altamir-de-souza
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