domingo, 6 de abril de 2014

Os acusadores de plantão



Em alguma época da sua vida certamente você já foi acusado de forma justa ou injusta. Pensar a respeito destes momentos para alguns é difícil, para outros impossível. Uma sensação de angústia, peso, tristeza e até mesmo ódio surge no coração de pessoas injustamente acusadas por algo que não têm culpa. Vivemos em um mundo tecnológico e andando pela cidade é possível notar a grande quantidade de câmeras pelas quais estamos rodeados. Há câmeras dentro dos prédios, nos locais públicos e até mesmo nos locais onde menos imaginamos capazes de guardar sua imagem seus atos e quem sabe até os seus erros. O mundo está preparado para vigiar, capturar e infelizmente julgar. Vivemos debaixo de Leis, códigos e homens credenciados para sentenciar os seus semelhantes e puni-los da forma mais abrangente. Em todo momento recebemos um acusador: Você já percebeu como uma fatura de cartão de crédito maior do que as nossas possibilidades financeiras nos diz – “Você errou, não vai poder pagar pelo que comprou”, ou uma nota vermelha no boletim diz – “Você não estudou o suficiente e vai pagar por isto”. E quanto aqueles quinze minutos de atraso da esposa ou do esposo capazes de gerar nos menos espirituais uma desconfiança a ponto de gerar uma acusação perigosa do tipo – “Você está me traindo” e a lista não para por aqui, poderíamos ficar horas falando sobre diversos tipos de acusação. Em resumo, a humanidade se tornou propensa a acusar quando na realidade o Senhor, de quem somos imagem e semelhança, apresenta-se como redentor e perdoador. De fato nenhum de nós é qualificado para acusar, porém através de Cristo Jesus podemos nos qualificar para salvar vidas.

       O apóstolo João nos dá um precioso texto capaz de trazer um grande entendimento a respeito deste tema. Vejamos João 8.1-11  – 1 Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. 2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. 3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; 4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. 5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais

Quem são os nossos acusadores
O nosso texto diz no versículo 3  - “E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério” e com isto aprendemos duas lições interessantes: PRIMEIRO: Acusadores são pessoas oportunistas. Jesus havia ido para o monte das Oliveiras e só retornou na parte da manhã. De certa forma o texto mostra que “Jesus não estava presente” naquele momento. Quando estamos distantes de Deus surgem as oportunidades para os acusadores de plantão gerarem confusão em nosso projeto de vida. SEGUNDO: O texto diz “escribas e fariseus”, em outras palavras “Conhecedores não praticantes da palavra e religiosos” e esta classe é especialista em acusar pois o fato de considerarem-se religiosas e conhecedoras da palavra de Deus transforma estes indivíduos em acusadores e juízes implacáveis capazes de impor pesos insuportáveis ao homem natural.

Como enfrentar o peso da acusação
O texto em estudo mostra três atitudes práticas para vencer o peso gerado em torno de uma acusação. A primeira atitude ensinada por Jesus está no versículo 6  e diz – “Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra”. Até hoje discute-se o que teria escrito Jesus naquela oportunidade. De fato a bíblia não revelaria este texto por um motivo: Aquele era um momento particular de reflexão do Messias. Para poder discernir entre o certo e o errado, mesmo tendo a plena consciência espiritual contida dentro de si, o próprio Deus tirou um tempo para pensar e após isto proferir uma sentença de paz. A segunda atitude tomada por Jesus foi proferir uma palavra de conhecimento e autoridade: e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”. Jesus confrontou os escribas e fariseus com a sua própria realidade fazendo-os repensar a forma como compreendiam aquela situação. Vejamos o que diz Filipenses 4:7 – “E a paz de Deus que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. Muitas pessoas ao serem acusadas tentam retribuir aos seus acusadores com a mesma atitude. Ao olharmos para o Messias nesta situação notamos algo tremendo: Jesus manteve a humildade, veja o versículo 8 – “E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra”. Vencer o poder maléfico de uma acusação depende do nível de humildade em cada um de nós. Jesus poderia ter iniciado uma longa discussão, mas preferiu novamente voltar-se para si mesmo e deixar os acusadores pensarem entre si a respeito das suas palavras. A terceira atitude: Ficar de pé. Veja o versículo 10 – E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher”. Nunca se deixe abalar pelas acusações levantadas contra você. Há um Deus poderoso capaz de perdoá-lo e de “endireitá-lo”, mas para endireitar-se você precisa se livrar do peso da acusação. Faça  isto orando a Deus e clamando. Certamente ao abrir seus olhos, as acusações não terão mais efeito em sua vida e quando você voltar a abri-los o Senhor lhe estará fazendo uma pergunta: Onde estão os seus acusadores? Certamente, terão sumido, tal e qual o peso, a tristeza, a dor e todos os outros sentimentos dolorosos gerados em torno desta atitude.

pr. altamir de souza
Na Visão de Multidões!
Shalom Aleichem, Aleichem Shalom
A paz seja convosco, convosco esteja a paz

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