INTRODUÇÃO AO TEMA: Hebreus 4.12 nos ensina que “A palavra de Deus é sempre viva e eficaz,
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, capaz de penetrar até ao
ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber
os pensamentos e as intenções do coração”. Ao ler este texto compreendemos
a profundidade de um complexo conjunto de códigos, expostos na forma de livros
organizados conforme a vontade de um ser dotado de inteligência superior a dos anjos
e consequentemente a humana. Esta afirmação, a princípio pode parecer estranha,
porém é verídica. O homem natural não consegue compreender a palavra de Deus, o
homem natural não pode decifrar as maravilhas compreendidas em torno da
mensagem contida nos textos bíblicos. É por este motivo que muitos cristãos ao
serem questionados a respeito do seu livro de cabeceira respondem: Um livro de
João Guimarães Rosa, ou Carlos Drummond de Andrade, ou quem sabe Cecília
Meireles e a lista ainda passa por Érico Veríssimo, Paulo Coelho, entre outros
tantos. Isto acontece porque mesmo quando somos cristãos, às vezes somos
naturais demais para compreender a bíblia, e preferimos os livros de autoajuda
no lugar da “ajuda do alto” que pode-se receber ao ler a palavra de Deus de
forma espiritual. A proposta desta pregação (deste estudo) é convidar você a
viajar nos textos bíblicos tirando os pés do natural e rumando em direção ao
espiritual. Se você for capaz de fazer assim, certamente esta mensagem poderá
gerar grandes efeitos na sua vida e no seu ministério. Por favor, abra os seus
olhos e os seus ouvidos espirituais. Aproveite também e abra a sua boca de
forma espiritual e glorifique o nome do Senhor pois certamente Ele está aqui e
deseja ver sair de você a adoração que sustenta o trono da sua glória.
INTRODUÇÃO AO TEXTO BÍBLICO: Para dar
base a este tema: “Os três ingredientes da Arca”, vamos compartilhar de um
poderoso texto escrito por autor desconhecido, comumente atribuído ao apóstolo
Paulo, porém sem comprovações de fato. A carta aos Hebreus foi escrita para um
povo desejoso de abandonar a nova aliança para voltar às práticas religiosas do
judaismo ortodoxo centrado nos livros de Moisés. Interessante notar que a carta
aos Hebreus foi escrita para pessoas conhecedoras da palavra de Deus o que
mostra a facilidade de um povo dotado de conhecimento em torno dos milagres e
maravilhas do Senhor mudar de opinião. Vejamos o que diz o capítulo 9 dos versículos 2 até
o 4 – “Foi levantado um tabernáculo; na parte da frente, chamada Lugar Santo,
estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença. 3 Por trás do segundo véu havia a parte
chamada Lugar Santíssimo., (Grego – Santos dos Santos), 4 onde
se encontravam o altar de outro para o incenso e a Arca da aliança, totalmente
revestida de ouro contendo o Maná, a
vara de Arão que floresceu, e as tábuas da aliança.
ORAÇÃO
PELA PALAVRA
Glorioso
Deus e poderoso Pai de misericórdias. Louvamos ao Eterno pela sua glória e
majestade, pedimos ao altíssimo a sua tão especial presença para nos abençoar
através da sua santidade e da sua autoridade. Senhor, abra os canais de bênçãos
sobre nós e nos permite receber a sua mensagem de forma clara, certeira e
individual. Acreditamos no seu nome, e na sua autoridade e te louvamos agora,
sempre e pela eternidade, amém!
DESENVOLVIMENTO - Em um determinado momento o Eterno
conversa com Moisés e lhe dá instruções
para a construção de uma Arca. Você vai encontrar isto no livro de Êxodo 25:10-22 e 37:1-9. Dentro dela estariam guardados três elementos de grande
significado e tão especiais que foram capazes de atravessar milênios em
concordância com as três principais religiões monoteístas conhecidas no mundo:
O judaísmo, o islamismo e o cristianismo. Guardadas e protegidas pelos dois
anjos querubins, dentro do seu conteúdo estavam o Maná, a vara de Arão que floresceu, e as tábuas da aliança. Por algum tempo
estive buscando no Eterno o entendimento sobre estes três ingredientes até que
então Ele abriu os meus olhos para poder ministrar sobre este texto.
Para compreender a Arca é preciso
compreender o Tabernáculo
Logo de início o Senhor me mostrou que não
há como compreender a Arca se não compreendermos antes o Tabernáculo que fora
construído em volta da própria Arca e também ficava no centro do acampamento
dos hebreus. Quando se deu a construção do Tabernáculo o povo estava no deserto
em meio a sua viagem para a terra prometida de Canaã. Muitos talvez possam ter
pensando na possibilidade deste santuário ter sido construído ainda no Egito,
ou quem sabe apenas quando o povo hebreu estivesse em Canaã, porém os
propósitos de Deus eram bem diferentes da maior parte do imaginário do seu
povo. Neste sentido uma série de simbolismos e indicativos estão presentes
deste a construção do Tabernáculo e dos seus utensílios, entre eles a própria Arca.
O
propósito do Tabernáculo
Um dia Deus olhou para o seu povo no
meio do deserto e desejou estar com ele. Moisés foi então chamado à sua
presença e recebeu do Senhor uma ordem: Construir para o Eterno uma morada e
nos chama a atenção a forma como Deus realiza este pedido. Ao falar com Moisés
o Senhor disse: “E farão um santuário
para mim, e eu habitarei no meio deles”. Este texto mostra algo profético.
Deus desejou habitar no meio do seu povo. Interessante imaginar um ser
absolutamente espiritual desejando habitar entre seres absolutamente carnais. O
homem é carnal, pecador, por vezes egoísta em relação a sua fé, mas mesmo assim
Deus encontra espaço para fazer um “santuário” entre nós, ou “no meio de nós” e
co-habitar conosco. Por este motivo o Senhor criou o Tabernáculo! Para que
pudesse estar entre nós. O Tabernáculo prefigura a existência de Jesus Cristo
entre nós de forma clara e abrangente. Não é nossa intenção detalhar
tecnicamente as funções do Tabernáculo, da Arca e seus outros utensílios mas
mostrar a você as figuras de linguagem embutidas nestes santuários, e que se
bem observadas, podem mudar a sua vida e das pessoas à sua volta.
Vamos observar melhor esta simbologia e
aprender com o Senhor o que Ele tem para nos entregar a partir destes fatos
Deus
deseja viver conforme você vive
Quando lemos os textos bíblicos
encontramos entre construções e reconstruções grandes templos, o templo
Salomão, Zorobabel e Herodes, todos estes construídos em torno de muita pompa,
grandes investimentos e muito tempo de trabalho. Mas quando olhamos para o Tabernáculo
percebemos algo bem diferente: Deus chama Moisés à sua presença e pede para que
Lhe construam um santuário, porém como estavam em viagem, a ordem do Senhor foi
para que construíssem uma espécie de tenda, que pudesse ser montada e
desmontada conforme a caminhada do seu povo. Isto nos ensina que Deus quer viver
o tempo e a situação do seu povo. Se o seu povo morava em tendas, Ele também
habitaria em tendas, se o seu povo atravessava o deserto Ele também
atravessaria com eles o deserto.
Deus deseja conhecer habitar na sua casa
e caminhar ao seu lado conforme a sua capacidade e a sua identidade. Deus
deseja estar ao seu lado disponível em todo tempo para ajudar em todos os
momentos e te proteger das dificuldades impostas pela caminhada no deserto. Se
você esta algum deserto em sua vida, glorifique o nome do Senhor pois o Tabernáculo
do Espírito Santo está montado e pronto para receber você, sua família e seus
amigos!
Deus
se humilhou para estar ao seu lado
Imagine
um ser absolutamente soberano capaz de edificar não só a terra como também todo
o universo. Imagine um ser celestial, dotado de todas as mais sublimes
capacidades, de uma hora para outra sair da sua casa e vir morar com os seus
filhos em um lugar infinitamente menor, mais simples e limitado. Bem, foi
exatamente o que fez o Senhor. Quando lemos o texto de Apocalipse 4 podemos dimensionar isto com um pouco mais de precisão.
A visão do apóstolo João tomado pelo espírito é a seguinte: “Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e
diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém. 3 Aquele
que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um
arco-íris, parecendo esmeralda circundava o trono, 4 ao redor do qual estavam
outros vinte e quatro tronos e assentados neles havia vinte e quatro anciãos.
Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro. 5 Do
trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete
lâmpadas de fogo que são sete espíritos de Deus. 6 E diante do trono havia
algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal. No centro, ao redor do
trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como
atrás. 7 O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro
tinha rosto de homem, o quatro parecia um águia em voo. 8 Cada
um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo
das asas. Dia e noite repetem sem cessar: “Santo, santo, santo é o Senhor, o
Deus todo poderoso, que era, que é e que há de vir”. Agora, por alguns
momentos tente imaginar este Deus tão poderoso, habitando em um lugar tão
sublime quanto este, descrito pelo apóstolo João dizendo: Moisés! Quero habitar contigo, quero habitar com o meu povo, faz lá uma
tenda para mim e eu estarei contigo. Deus então abriu mão de estar na sala
do trono, para estar com o seu povo. O texto em Hebreus 4.16 diz – “Assim,
aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos a
misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade”, também
em Efésios 2.4-5 está escrito – “Todavia, Deus, que é rico em misericórdia,
pelo grande amor com que nos amou, 5
deu-nos vida com Cristo quando ainda
estávamos mortos em transgressões – pela graça você são salvos.
Deus saiu do mais alto e sublime trono
para co-habitar com você e comigo. Deus na sua grandeza humilhou-se em todos os
sentidos para estar ao meu lado e ao seu lado. Quão grandioso é este Deus que
tem se humilha para engrandecer os seus filhos. Quão grandioso é este Deus que
mesmo sendo grande se faz pequeno para dar aos seus filhos a salvação.
Deus
escolheu morar com você no deserto
Quando
Deus falou com Moisés o povo estava em meio a um grande deserto. Olhando para
trás, o Egito que simbolizava o pecado, a escravidão e todas as outras
dificuldades, olhando para frente estava a Canaã que simbolizava a solução dos
problemas, uma terra pura de onde emanava leite e mel e onde os seus filhos,
poderiam viver felizes e satisfeitos. Em outras palavras, estar em meio ao
deserto significava estar em meio ao céu e o inferno.
Deus
construiu a terra para colocar nela seres muito especiais capazes de adorá-lo
em todos os momentos. Preparou tudo com muito cuidado para que a sua vida e a
minha vida fossem perfeitas e sem necessidades. Infelizmente as coisas não
ocorreram conforme o planejado, o homem pecou e com isto veio sobre nós o suor
e a dor. Mesmo assim no meio deste sofrimento Deus desejou estar ao nosso lado.
Muitas pessoas dizem que vão se converter apenas quando os seus problemas forem
solucionados, mas Deus deseja estar com elas no deserto, segurando sua mão e
conduzindo-as pelo melhor caminho.
Deus está com escolheu estar com você em
meio a essa dificuldade, Deus escolheu estar com você em meio a este deserto,
Ele não abandonou sua vida, Ele não abandonou sua família. Se você está no
deserto, você está com Jesus, se você está no deserto você está nas mãos de
Deus. Salmo 107-35 – (Ele)
Transforma o deserto em açudes e a terra ressecada em fontes. 36 Ali ele assenta os famintos para fundarem
uma cidade habitável.
Sua
viagem não termina no deserto!
O
Tabernáculo era montado diretamente sobre a areia. Nenhum tipo assoalho ou piso
era colocado sobre ela. Então quando se entrava no Tabernáculo, mesmo estando
em lugar santo, continuava-se com os pés na areia. Isto nos traz revelações
grandiosas da parte de Deus. PRIMEIRO – Deus
queria mostrar que a sua viagem não terminou. Quando se entrava no pátio ou no Santo
dos Santos não havia separação entre a areia, que representava o deserto e o
poder de Deus. Assim, com os pés na areia, os hebreus lembravam-se que ainda
estavam viajando pelo deserto, atravessando as tempestades de areia,
enfrentando as cobras e os escorpiões. De fato a sua viagem não terminou.
Talvez você esteja pensando que o
deserto é o seu lugar. Mas não é! Deus está aqui para lembrar você de que esta
viagem tem um ponto final chamado Canaã, céu, paraíso ou vida eterna, conforme
você queira chamar.Você pode estar na igreja (Tabernáculo) mas mesmo assim seus
pés estão na areia, ou seja, o deserto ainda toca na sua vida, mas Deus está
com você, todo o tempo, trazendo paz e santidade, dando força par que você
enfrente as dificuldades e saia vencedor no final de tudo. Definitivamente a
viagem não terminou.
A
simbologia da Arca e os seus ingredientes
O
título desta pregação (deste estudo) é “Os três ingredientes da Arca”. De fato
é impossível compreender estes ingredientes sem antes compreender o que falamos
até agora. Se você foi capaz de receber e entender tudo o que falamos também
vai ser capaz de receber a mensagem proposta pelo Eterno através destes três
itens dispostos dentro da Arca do Senhor. Só quem compreende o Tabernáculo,
pode compreender a Arca e também os seus segredos.
Não vamos
abordar todos os elementos constantes do Tabernáculo. Isto será tema para outra
pregação (outro estudo) mas daremos uma rápida passada pelo Tabernáculo para
compreender a posição da Arca. Ao adentrar neste lugar santo, bem próximo ao
portão, via-se a princípio o “Altar de
Bronze”, o lugar onde eram oferecidos os animais em sacrifício, ali
representava-se a obra redentora de Jesus Cristo que estava por vir, através do
derramamento de sangue de um animal inocente em torno do pecado do povo
escolhido de Deus. Logo depois, entre o Altar de Bronze e o Tabernáculo
encontrava-se a “Pia de Bronze” que
era utilizada pelos sacerdotes para lavarem as mãos antes de iniciarem os
procedimentos para entrar no Santo dos Santos, e olhando mais atentamente,
também era possível ver o Lugar Santo onde estavam a Mesa dos Pães da Proposição e o Menorá
– O candelabro de ouro. Também estava à disposição dos olhos de quem entrasse
no Tabernáculo o Altar de Incenso e o
Véu que separava o Lugar Santo do Santo
dos Santos, e era bem atrás deste véu, onde só o sacerdote poderia entrar, e
com bastante cautela, onde ficava a Kavod ou “Arca da
Aliança” que em hebraico significa “substância pesada”. A Arca simbolizava a
presença forte de Deus em meio ao seu povo e como Deus vem antes de todas as
coisas esta fora construída antes do próprio Tabernáculo. Tratava-se de um
objeto retangular com 1.14 metros por 68,58 cmts de largura construída com
madeira de acácia e rodeada de ouro por dentro e por fora. Ela possuía uma
borda de ouro em toda a sua volta, e 4 anéis de ouro por onde passavam-se dois
bastões de madeira, cobertos do mais puro ouro, para que se pudesse carregá-la.
Para finalizar este objeto maravilhoso havia
uma tampa, o Propiciário,
feito de ouro puro sendo que em cada uma das suas extremidades estavam dois
querubins de ouro, um virado para o outro
e cujas asas se tocavam.
Em toda esta
descrição encontramos as mais claras descrições do Cristo que haveria de vir
sobre a terra para curar os nossos pecados e dar liberdade aos cativos. A Acácia representava o ministério de
Cristo por ser uma madeira dura e comum no deserto do Sinai. O ouro que cobria
a acácia representava a pureza e a santidade e a glória do Senhor. A mistura
entre o ouro e a acácia simbolizavam a mistura entre o natural e o
sobrenatural. Naquela época o ouro era considerado um metal precioso e santo.
De certa forma a acácia revestida pelo ouro representava o próprio Deus que se
fazendo homem (madeira) se revestiu de pureza (ouro) para tirar o pecado do
mundo. Uma outra mensagem esta ali estampada no simples olhar para a Arca: O
brilho do ouro sobre a madeira estava o tempo todo dizendo: Assim
como Deus fez brilhar a madeira da acácia, também faz brilhar todos aqueles que
buscarem a sua presença.
Dentro
da Arca
Como sabemos nem tudo da parte de Deus
pode ser explicado dada a sua magnitude e a sua santidade. De alguma forma,
Deus estabeleceu três elementos especiais para serem cuidadosamente guardados
dentro da Arca: As tábuas da Lei, o bordão de Arão, e o maná. A princípio não
encontramos uma ligação para estes três elementos, entretanto analisando um
pouco mais profundamente poderemos compreender grandes revelações de Deus para
todos os cristãos através deste simbolismo.
Três
elementos, três compromissos, três promessas
De forma
clara e muito concisa, o Soberano Deus nos mostra três elementos, firma três
compromissos e gera três promessas sobre a vida de todos aqueles que crerem no
seu nome e faz cumprir o que lemos em 1ª.
Coríntios 15:54 onde está escrito – “Quando
porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que mortal de
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi
destruída pela vitória”. Este então era o contexto destes três elementos da
Arca. Através de algo físico, Deus estabelecera uma linha de compromisso com o
seu povo, que ao longo do tempo se revelou numa promessa em torno do Cristo que
haveria de vir.
Só
os santos poderiam tocar na Arca
Naquele tempo somente os sacerdotes
tinham autoridade para tocar na Arca. Um homem comum que tocasse na Arca do
Senhor de fato morreria. Em 2ª. Samuel
6.1-7 encontramos a história de Uzá, um levita que ao tocar na Arca do
Senhor morreu por tocá-la indevidamente. Deus exigia santidade para poder tocar
na Arca. Neste sentido somente os sacerdotes poderiam entrar no Santo dos
Santos e apresentar suas orações em nome do povo. Mesmo assim, se um desses
sacerdotes entrasse no lugar com pecados escondidos seriam mortos.
Busque a santidade! Você vai tocar na Arca
do Senhor e vai ter acesso as bênçãos da santidade. Abra o seu coração, clame
pela santidade em sua vida. Promessas valiosas serão cumpridas sobre o altar do
Senhor e chegarão até você e até a sua família.
Quem
toca na Arca tem direito as tábuas da Lei
Escritas
em tábuas de pedra maciça e pelo dedo de Deus, essas tábuas continham os 10
mandamentos estabelecidos pelo Senhor para o seu povo. Conforme lemos no livro
de Êxodo 31.18 Deus escreveu com a
própria mão estes mandamentos: “Quando o
Senhor terminou de falar com Moisés no monte Sinai, deu-lhe as duas tábuas da
aliança, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. Aqui aprendemos algo
interessante. Deus poderia ter expressado estas leis de diversas outras formas,
porém a escolha foram tábuas de pedra. Se você puder aguçar sua imaginação por
alguns momentos poderá ver a mão brilhante de Deus e um dedo afogueado rompendo
os limites da pedra e formando as letras que compunham os 10 mandamentos. O que
temos aqui?
PRIMEIRO: Um ser espiritual agindo diretamente sobre uma
estrutura física e deixando suas marcas gravadas para sempre. Este é o
propósito de Deus! O espiritual deve
tocar o carnal e marcá-lo para sempre. Você é a rocha, a pedra marcada por
Jesus de forma definitiva e não há como voltar atrás. Jesus já marcou a sua
vida para sempre. 1ª. Pedro 2.6 diz
– “Eis que ponho em Sião uma pedra
angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será
envergonhado”.
Obedeça aos mandamentos do Senhor e
jamais você será envergonhado, você é a rocha marcada pelo dedo de Deus e nada
poderá apagar esta marca. Marca de obediência, para de santidade, marca de
amor, e marca de vitória!
SEGUNDO – Definitivamente a pedra representa a humanidade. Deus
utilizou duas pedras representando homem e mulher. E esta pedras que
representam a humanidade só ficaram marcadas e se tornaram conhecidas através
dos milênios porque Deus “tocou” na pedra. Tocar na pedra significa ter contato
com a pedra. Deus deseja manter contato
com a humanidade. Deus quer estar o tempo todo em contato com você, com sua
família e com as situações que envolvem o seu dia a dia. O contato é íntimo. Quando Deus toca a pedra ele gera um sulco
profundo na sua base. Não apenas um toque simples que não deixa marcas, mas um
toque profundo capaz de marcá-las para sempre. Este é o toque que o Senhor
deseja dar em sua vida. Um toque profundo, íntimo e inigualável. Sim!
Inigualável pois o que foi escrito em
uma das pedras não era diferente do que estava escrito na outra.
Em outras palavras a forma como Deus
toca a sua vida é diferente da forma como toca a vida do seu irmão, até mesmo
dos seus filhos, do seu marido ou da sua esposa. Deus tem um toque diferente,
íntimo e inigualável para cada um de nós.
Quem
toca na Arca recebe o bordão de Arão
Pensamos, oramos para receber de Deus
uma resposta sobre este bordão. Por que estaria ele dentro da Arca da aliança?
Qual o seu significado? Depois de um tempo de pesquisa e oração o Senhor me deu
algumas respostas.
Para
compreender a existência do bordão de Arão dentro da Arca da aliança é preciso
compreender um pouco da sua história. A palavra de Deus diz no livro de Números 17.8 o seguinte – “No dia seguinte Moisés entrou na tenda e viu
que a vara de Arão, que representava a tribo de Levi, tinha brotado, produzindo
botões e flores, além de amêndoas maduras”. Em uma determinada época houve
contenda entre o povo de Deus, Arão e Moisés a respeito de quem poderia liderar
espiritualmente o povo. Os homens não queriam concordar com aquela postura na
qual somente a tribo de Levi e por consequência, Arão, pudessem liderar o povo.
Entendiam que aquela teria sido uma escolha feita por homens, neste caso o
próprio Moisés e o próprio Arão. O desejo do povo era liderar da mesma forma
como faziam estes dois homens. Como forma de resolver resta questão Deus
ordenou as 12 tribos que comparecessem à frente da Tenda do Encontro e ali
comparecessem com seus bordões diante do Senhor. Conforme a instrução do Senhor
uma das varas iria florescer e esta então indicaria o seu líder espiritual
escolhido. Um dia depois, Moisés vai de encontro aos bordões enterrados e
percebe que o bordão de Arão havia florescido. Desta forma a tribo de Levi a
qual pertencia Arão estava sendo confirmada como a tribo encarregada dos
afazeres e da representação espiritual do Senhor. Um fato curioso, entretanto,
chamou a atenção de todos. O bordão de Arão não só floresceu como também
brotaram nele gomos de amendoeira maduros. Vamos compreender este mistério em
torno do bordão de Arão.
Deus
chamou Moisés para conduzir o seu povo mas levantou Arão como sacerdote.
Algumas pessoas tem a falsa impressão de que Moisés não tinha capacidade de
conduzir o seu povo, mas este não era o caso. Moisés era um homem altamente
preparado, conhecedor de artes marciais, filosofia, política e geografia. A
única dificuldade de Moisés era falar a língua do povo hebreu, basicamente uma
mistura de hebraico original com algumas interferências do aramaico. Moisés
entretanto foi criado desde criança ouvindo a língua dos egípcios o que lhe
fazia falar com o seu povo como um homem inglês tentando falar o português
brasileiro. Isto gerava uma cera dificuldade na comunicação e atrapalhava a
interação entre Moisés e o seu povo. Foi por este motivo que Moisés se declarou
“pesado” no falar quando conversava com Deus a respeito das suas limitações.
Foi neste momento que o Senhor levantou Arão, um homem com menor conhecimento,
mas capaz de falar a língua do seu povo. Isto nos ensina que Deus não está a
procura de doutores em teologia e outras ciências, mas de pessoas capazes de
conduzir o seu povo falando a sua língua e compreendendo as suas necessidades.
Claro que conforme diz o apóstolo Paulo, “aquele que tem o dom de ensinar, ensine...”, então os dotados de conhecimento
são muito bem vindos, porém Deus não levanta sacerdotes conforme o conhecimento
e sim conforme a sua capacidade de interagir com o povo escolhido.
Deus não está preocupado com diploma,
Deus está preocupado com santidade e vontade. Busque a presença de Deus em sua
vida e Ele vai capacitá-lo em áreas tremendas do seu ministério.
A
obediência gera frutos
Quando
os outros representantes das outras tribos olharam para o bordão de Arão, ali
estavam não só flores como também amendoeiras maduras. Uma mensagem muito clara
estava sendo plantada no coração daqueles homens: Deus não dá apenas autoridade
para seus escolhidos, Ele também faz com que os seus escolhidos gerem frutos e
prosperem através da sua liderança. Liderar por liderar é uma habilidade
concedida a muitas pessoas cristãs e não cristãs, mas gerar frutos em torno da
sua liderança é um dom concedido por Deus a poucos escolhidos. Isto é o que
aprendemos em Eclesiastes 5 a partir do versículo
19 onde lemos: “E quando deus concede
riquezas e bens a alguém e o capacita a desfrutá-los, a aceitar sua sorte e a
ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus”. Em contrapartida Eclesiastes 6.2 mostra que há alguns
pode ser possível possuir bens porém não há possibilidade de desfrutar a plenitude
destes bens. Veja: “Deus dá riquezas,
bens e honra ao homem, de modo que não
lhe falta nada que os seus olhos desejam; mas
Deus não lhe permite desfrutar tais coisas, e outro as desfruta em seu
lugar. Isso não faz sentido; é um mal terrível”. O princípio estabelecido
por Deus ao permitir que o bordão de Arão florescesse indicava a prosperidade do seu mandato e da
sua vida perpetuado desde Arão até Caifas e logo após, com o derramamento do Espírito
Santo sobre todos os povos, por intermédio de uma unção espiritual que faz a
geração dos servos do Senhor atingir a todos aqueles capazes de aceitar a Jesus
como seu salvador – “Noutras palavras,
não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é
que são considerados descendência de Abraão”.
Você faz parte de uma geração eleita
para a vitória em Cristo Jesus. Deus lhe deu autoridade para liderar e gerar
frutos (prosperar) em todas as áreas da sua vida.
Quem
toca na arca recebe o Maná
No
livro de Êxodo16-15 lemos: “Quando os israelitas viram aquilo, começaram
a perguntar uns aos outros: ‘Que é isso?’, pois não sabiam do que se tratava.
Quando os hebreus encontraram o Maná pela primeira vez não sabiam do que se
tratava e naturalmente questionaram, em hebraico: Man-hû (O que é isto), o que
posteriormente foi traduzido por Maná simbolizando o “pão dos céus” (Ex. 16.4) que desceria para saciar a fome do
seu povo. O Maná no deserto simboliza o “Pão vivo que desceria dos Céus” para
livrar o seu povo da morte. Isto nos diz algo tremendo! Quem recebe autoridade
para tocar na arca recebe o “Pão Vivo” sempre que está no deserto. Deus jamais
deixará um filho desamparado. Deus tem propósitos de provisão abundante para a
sua vida exatamente quando está no deserto. O Maná caia como “chuva” sobre o
deserto e a chuva denota abundância.
Jesus
Cristo, o pão vivo que desceu dos céus vai derramar bênçãos sem medida sobre a
sua vida mesmo que você esteja no deserto. Creia nisto e receba o provisão
abundante do Senhor.
Creia
e receba os três ingredientes da Arca
A palavra
revelada de Deus é fiel e justa para gerar todos os efeitos necessários para a
sua salvação e para a solução das suas dificuldades. Abra o seu coração para
Deus, ore verdadeiramente e receba autoridade e misericórdia através destes
três ingredientes especiais escondidos na arca: O coração de Deus.
Mensagem pregada dia 26 de outubro de 2014 no ministério Imueg - Igreja Missionária Unida de Engenheiro Goulart - SP
pr. altamir de souza
Na Visão de Multidões!
Shalom Aleichem, Aleichem Shalom
A paz seja convosco, convosco esteja a paz
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