Organizado por
meio das redes sociais e por uma conta falsa no facebook, o evento tinha como
foco criticar a interferência da religião no meio político e aparentava estar
organizado para acontecer em diversas cidades do Brasil.
Neste
sentido diversos nomes em destaque da bancada evangélica no Planalto imediatamente
tornaram-se alvos do que poderia ter sido mais um dos constantes protestos ocorridos
nas principais cidades brasileiras. De antemão, o pastor e Deputado Marcos
Feliciano pronunciou-se a respeito do evento, pedindo ao povo cristão que se
manifestasse por meio das suas orações contra o que considerou uma marcha descabida
e “que talvez acontecesse”.
Em Cuiabá o
fracasso foi total uma vez que o evento sequer teve autorização para ocorrer.
Apenas seis pessoas estiveram presentes no local, acompanhadas por oito policiais
que acabaram por encaminhar duas garotas à delegacia por consumo de bebida alcoólica.
Já no Rio de
Janeiro um grupo maior de pessoas encontrou-se na “Praia do Diabo”, próximo ao
Arpoador de onde seguiram para Copacabana.
Em São
Paulo, segundo apurou “Palavra e Mensagem” os organizadores do evento esperavam
por um número próximo de 5.000 pessoas, dadas as confirmações e intenções de presença
nas redes sociais o que, de fato, não se confirmou. No local um pequeno grupo
de 150 manifestantes estava presente acompanhado por alguns curiosos e poucos
veículos de imprensa.
Em sua
defesa, organizadores e participantes afirmaram não haver fundo religioso na
manifestação e sim político, haja vista o entendimento de que a interferência
religiosa junto à política fere os princípios do estado laico no qual é constituída
a base política e social brasileira.
Para
justificar o término da manifestação, antes do horário algumas pessoas que se
identificaram como organizadores do evento alegaram “riscos à integridade dos
participantes” e na continuidade agrediram alguns católicos e evangélicos presentes
nas imediações. Estes inclusive chegaram a ser ofendidos com palavrões e
palavras de ordem como “Deus é tão covarde que não consegue se defender por si
próprio”, “crentelhos fanáticos”, “pragas retrógradas”, etc.
A estudante Carla
Moreira da Silva, estudante 18 anos, e moradora na Zona Leste de São Paulo
(Tatuapé) chegou à Avenida Paulista por volta das 15 horas. “Quando cheguei aqui não havia nenhum
movimento do pessoal da marcha”. Em sua opinião “O evento não deveria acontecer por se tratar de uma ofensa à crença de
muitos brasileiros”.
Até o
momento não houve junto à bancada evangélica, composta por mais de 50 deputados
e 2 senadores, nenhum pronunciamento relacionado à marcha. Acredita-se que se
estes pronunciamentos ocorrerem serão sucintos inclusive para não gerar mais
mídia em torno do assunto.
Opinião
A fracassada
“Marcha para Satanás” chama a atenção por ocorrer em um momento onde os
princípios morais tem passado por reconsiderações bastante evasivas. Em diversos
pontos da cidade festas com nudez e sexo em grupo tem sido anunciados de forma
bastante libertária, se comparado ao que se estabelecia como ético anos atrás. Um
contraponto em relação ao que se compreendia como padrão moral está sendo
estabelecido aos poucos junto à sociedade e, de certa forma, sem uma discussão
mais apurada.
Mesmo não
tendo obtido o sucesso desejado pelos pretensos organizadores o evento deve chamar
a atenção de pais, líderes religiosos e educadores para uma maior aproximação
da bancada evangélica brasileira no sentido de construir uma frente estruturada
dentro dos padrões éticos e morais aceitos pela maior parte da população e que
tenha força suficiente para pautar estas condições junto à sociedade.
De fato,
estamos em um país laico onde as religiões devem ser respeitadas e não estigmatizadas.
Sendo assim, a tentativa de organizar um evento que deprecie a fé de milhões de
brasileiros depõe contra a ética social e não o contrário conforme expõem os
organizadores.
Estes sinais
são um importante indicativo da necessidade de união do povo cristão. É preciso
haver uma maior ligação entre as denominações e uma organização capaz de representar
esta parcela da população.
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