sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Como assim "onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus"?

Atualmente encontramos entre os cristãos pensamentos diversos em torno do pecado. Alguns entendem que o pecado é um fator gerador de “experiência”, outros mais enérgicos acreditam que o resultado do pecado é a morte. Encontramos também alguns cuja opinião é de que o pecado é uma linha divisória entre a vida e até mesmo bênçãos, e através dele adquirir-se-ia uma determinada autoridade em relação ao próprio pecado. Em todos estes casos a Leitura da palavra de Deus é essencial. Qualquer cristão desejoso de possuir direção para a sua vida física, emocional e espiritual, e todo cristão convicto deve ter o hábito de ler a bíblia e o desejo de compreendê-la para adquirir, ao longo do tempo, a autoridade necessária para vencer as imposições do seu dia-a-dia e a compreensão plena da mensagem implícita na palavra de Deus aos naturais. Entretanto, a realidade é um pouco diferente: Nem todos os cristãos preocupam-se em conhecer a Bíblia. Alguns preferem folhear apenas “pescando” textos interessantes para si próprios e utilizando-os de forma absolutamente fora do contexto. Neste sentido uma série de versículos tornaram-se célebres na boca dos cristãos: Filipenses 4.13 – Tudo posso naquele que me fortalece, Deuteronômio  28.13 (sic) – O Senhor te colocará por cabeça e não por cauda, e entre estes há um outro muito utilizado nos últimos tempos: Romanos 5.20b – Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, ou se preferir na versão mais conhecida ARC* – “mas, onde abundou o pecado superabundou a graça”. Quando lemos este versículo, à primeira vista, temos a impressão de que o apóstolo Paulo está dizendo assim: “Quanto mais pecado mais bênçãos” , outros ainda utilizam esta passagem para justificar o seu pecado como se o fato de cometê-lo resultasse em algum tipo de autoridade. Será? Vamos ver o que o apóstolo Paulo de fato quis dizer.
Uma posição enfática em relação ao pecado na carta aos Romanos, encontra-se no no capítulo 6.23 – O salário do pecado é a morte! Podemos sair de uma situação pecaminosa com uma determinada experiência emocional (adâmica) em torno do fato vivenciado, mas a falta do arrependimento e a insistência não traz graça e sim destruição afinal  Que diremos então? Continuarmos pecando para que a graça aumente?(Rm 6.1)”. Claro que não? Esta falsa ideia de que “Deus conhece a nossa ‘carne fraca’ e sujeita ao pecado” e compactua com ela morreu quando Jesus ressuscitou mostrando ser possível passar pelas tentações sem ser tomado por elas e que, isto sim, é um fator gerador de autoridade e bênçãos. Até a vinda de Jesus Cristo entre nós, o pecado tinha valores: Um rolinha, um pombo, um cordeiro ou até mesmo um boi, eram oferecidos conforme a intensidade do pecado (transgressão, rejeição e abominação). Ao homem era lícito encontrar-se com o sacerdote e livrar-se dos seus pecados por intermédio do derramamento de um sangue inocente.  Após a vinda de Jesus Cristo saímos da experiência emocional-adâmica “onde aumentou (abundou) o pecado” concebido por meio do primeiro Adão, que representa a humanidade com todas as suas falhas, e entramos no padrão neotestamentário, do segundo Adão – Jesus Cristo, onde transbordou (superabundou) a graça por intermédio do derramamento do sangue de Cristo, sujeito aos pecados, mas vencedor em todos eles conforme lemos em 1ª. Coríntios 15.45 – “Assim está escrito: “O primeiro Adão, tornou-se um ser vivente, o último Adão, espírito vivificante”.
Agora pense um pouco e responda:  Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Isto é possível? Vejamos o que diz Romanos 6.12 – Portanto, não permitam que o pecado continue dominando o corpo mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos. 13 Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumento de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida, e ofereçam aos membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. A partir do primeiro momento em que estamos em Cristo devemos nos despir e depois nos desviar sempre de toda sorte de imundices e pecados. A partir deste momento o domínio do pecado não pode mais ter autoridade sobre a sua vida. Uma nova forma de vida precisa renascer tal e qual era antes mesmo de você vir ao mundo: Puro! Assim sua alma deve bradar todos os dias: “Eis aqui o meu corpo ‘onde abundou o pecado’, agora superabundando a graça de Deus!”. O único resquício restante deste tempo devem ser as lembranças, tais e quais as cicatrizes que Cristo fez questão de fazer permanecer em seu corpo, eternizando uma experiência vencedora em relação ao seu passado, época dos prejuízos sofridos em torno de uma vida fora dos padrões espirituais exigidos pelo Senhor. Romanos 6.21 diz – “Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte!”. O texto em Romanos 6.6 diz: “Pois sabemos que o nosso velho homem, foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado”.  O pecado traz uma experiência dolorida onde morremos sem perceber através das nossas transgressões, mas quando nos encontramos com a graça soberana de Deus sobre nós, somos lavados dos nossos pecados e cheios de um padrão celestial de vida de onde fluem bênçãos sem medida sobre você e todos os que estiverem à sua volta.  Não existe autoridade por intermédio do pecado, existe autoridade por ser tentando, resistir e vencer.  

pr. altamir de souza
Na Visão de Multidões!
Shalom Aleichem, Aleichem Shalom
A paz seja convosco, convosco esteja a paz

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