segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O PASTOR E A INGRATIDÃO



Todo pastor envolvido em uma igreja por período razoável teve a oportunidade de atender pessoas em seus mais diversos momentos, os quais vão desde um triste velório até um lindo casamento.

Certamente, cada um dos momentos na vida de um pastor tem as suas peculiaridades, assim como, cada uma das pessoas envolvidas nestes momentos todos tem uma determinada característica.

Mas sabe de uma coisa... entre todas estas características a mais dolorida, aquela capaz de levar um pastor ao mais profundo calabouço da tristeza é a INGRATIDÃO.

Que mundo é este onde estamos vivendo?

Eu digo. Um mundo de pessoas focadas nos seus próprios umbigos, nos seus próprios desejos, e em especial, na satisfação dos seus egos exagerados, doentios e apodrecidos, Um mundo de pessoas que independente de terem comido à sua mesa, usado do seu fôlego, e das suas mais altas doses de amor, um dia vão assemelhar você, pastor, a eles! Imagine! chamando-o de INGRATO.

E Deus nisto? Para que Deus? Quem é Deus?

Deus para os INGRATOS é uma falácia, e sem dúvidas, a possibilidade de "brilharem" como estrelas em um mundo de pseudo-santos, de onde a única coisa capaz de se extrair é mesmo a satisfação das suas próprias necessidades.

Os INGRATOS, são plantas carnívoras, disfarçadas nas mais belas e lindas flores dentro do Eden do Senhor, mas, como qualquer planta carnívora, chega a hora e o dia de revelar as garras, e neste momento colocar os dentes para fora, e tomar para sí, o que nunca lhes pertenceu.

Neste momento, estes levam consigo, em um único golpe todo o combustível humano necessário a um pastor para ir adiante: A sua felicidade em cuidar de pessoas, o seu prazer em vê-las crescer, e a sua capacidade de doar-se incontestavelmente a qualquer momento e para qualquer situação.

É neste momento quando o pastor percebe a INGRATIDÃO, como um prato horrível, o qual ele será obrigado a comer, todos os dias, vagarosamente, e mesmo nos dias em que não suportar mais o cheiro ou sabor, estará obrigado de digerí-lo, sem direito a deixar restos e muito menos a regurgitar a podridão que foi obrigado a comer durante toda a sua carreira.

A INGRATIDÃO fará parte dele, estará nas suas entranhas, para nunca mais sair.

A partir das experiências da INGRATIDÃO, um pastor percebe que, terá de viver das migalhas, raríssimas exceções, verdadeiros grãos de mostarda de felicidade, vindos de pessoas verdadeiras, que amam JESUS CRISTO, e respeitam seus pastores, e glórias oferecemos por estas migalhas meu Deus!

Onde estariam os pastores se não fossem estas esmolas, doadas a conta-gotas como porção de misericórdia aos sacerdotes do Senhor.

Dura feita é ver notar os INGRATOS, por vezes, mais amáveis, do que os próprios pastores, aliás pasme! Muitas vezes se tornam pastores, afinal não raramente ser uma autoridade religiosa é a única figura de auto-satisfação possível a eles, haja vistas estes em geral, serem pessoas destruídas da porta para fora da igreja. Homens e mulheres que sem os seus títulos de pastores, bispos ou apóstolos, voltam a ser falidos em todas as áreas da sua vida, com casamentos quebrados, e vidas totalmente desviadas da presença de Deus.

Há uma doença no meio cristão a ser tratada no Brasil. Somos um País, onde literalmente qualquer um torna-se pastor. Independente de chamado, independente de estudo, independente de caráter, de honra, ou qualquer outra coisa insculpida na palavra sagrada, encontraremos indivíduos cuja única possibilidade de ser alguém, é por meio do místico, auto declarando-se ou sendo declarados inescrupulosamente bispos sobre vidas, que por necessidade, falta de conhecimento, ou simples gratidão, vão seguir, estas pessoas, naturalmente, sofrendo todas as consequências.

SIM irmãos, INGRATOS são pastores muitas vezes mais amados do que pastores verdadeiros, exatamente porquê eles não corrigem, concordam, não pregam santidade, apenas generosidade, não falam que Cristo faz, mas sim que VOCÊ fará de si mesmo uma pessoa "incrível". Estes INGRATOS dirão o “tudo pode do senhor”, “não podemos julgar”, “vamos contextualizar” e o pior e mais danosa de todas as frases: ISTO É VELHO TESTAMENTO!

E como conviver com a INGRATIDÃO?
Aos meus amigos pastores, as ovelhas verdadeiras, tenho como resposta o seguinte: Façam para CRISTO, não para pessoas, cuidem de si mesmos exatamente na mesma proporção em que cuidam dos outros, não temam em perder, pois muitas vezes perder é evitar o sofrimento pela INGRATIDÃO.

Por fim, o sabor amargo deste prato sujo e frio, chamado INGRATIDÃO, do qual somos todos obrigados a comer, certamente se tornará o alimento no qual você sustentará um ministério abençoado, afinal não existe evangelho sem sofrimento não é verdade!?

Se você ama o seu pastor, onde quer que ele esteja, COMPARTILHE este texto com ele! Talvez ele esteja precisando comer um prato diferente.

Pr. Altamir de Souza

Na visão de multidões.

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