quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Enfrentando os nossos fantasmas


Pedro reflete características absolutamente humanas, parecidas com as nossas atualmente. Ele possuía qualidades maravilhosas, outras nem tanto. Era corajoso em determinados momentos e em outros, mostrava-se inseguro, ao mesmo tempo a sua certeza em relação às coisas espirituais ora estavam no mais alto patamar, ora abaixo do aceitável para alguém tão privilegiado como ele.
Antes de prosseguirmos à leitura deste estudo online sugerimos a leitura do texto bíblico escrito em Mateus 14.22-31 – Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão. 23 Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar. Ao anoitecer, ele estava ali sozinho, 24 mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele. 25 Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. 26. Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” 28 – “Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro sobre as águas”. 29 “Venha, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. 30 Mas quando reparou no vento ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”. 31 Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, por que você duvidou?”
Em Mateus 14.26, quando os discípulos de Jesus o viram andando por sobre as águas, ficaram literalmente aterrorizados e aos berros disseram: É um fantasma! Perceba, assim como Pedro nós também somos volúveis em nosso posicionamento. Por vezes o nosso nível de confiança varia como na vida de Pedro e passamos a viver Mateus 14:26. Nos deixamos confundir pela ocasião, cegos pelas surpresas do dia a dia e passamos a materializar verdadeiros “fantasmas” em nossa vida.
Claro que fantasmas como se diz por aí não existem. Estes fantasmas aos quais se referem as pessoas, distantes da palavra de Deus, são espíritos opressores ou possessores que afligem pessoas cujo nível de fé se encontra fora dos padrões exigidos por Deus para que possa utilizá-los de maneira eficiente.
O fantasma do qual falamos é apenas uma forma de descrever a aflição gerada pelos “grandes problemas” em nossa vida: Problemas financeiros, emocionais, de saúde, sentimentais e até espirituais. Em outras palavras; escuridão, águas revoltas, tempestades e até distância (ou silêncio) de Deus em relação a nós.
A questão que surge nestes momentos é exatamente como enfrentar estes “fantasmas surgidos ao longo da vida, como vencê-los e como impedir os resultados negativos da nãos superação dos traumas causados por eles.
A resposta para estas situações passa pelo crivo da sinceridade e da compreensão da nossa existência como seres humanos e espirituais. Mais do que a convicção de um estado permanente de vitórias e do sentimento consequente, é necessário compreender que o cristão passa por dificuldades, provas, comete erros, entre outras situações dificultosas, sendo absolutamente necessário compreender estas situações todas como parte do processo de aprendizado, da evolução humana e espiritual na vida do Cristão.
 Não se incrimine, não se destrua, nem deixe sua fé morrer por causa destes “fantasmas”, afinal, como já dissemos, FANTASMAS NÃO EXISTEM! Nós os materializamos quando fitamos os olhos e a atenção nos problemas. Desta forma eles se colocam entre nós e Deus fazendo uma tremenda confusão!
 No versículo 24 temos três fatores importantes para a compreensão deste tema tão importante:
1.) O barco já estava a considerável distância da terra – A terra aqui é Jesus! Quando estamos longe de Deus ficamos sujeitos as marés do inimigo também impedidos de sentir a proteção do Pai. 
2.) O barco estava sendo fustigado pelas ondas – Ora! Estamos falando de homens experientes em navegação, eram pescadores e conheciam o mar da Galiléia, tanto que Jesus insistiu para eles atravessarem. Isto mostra que quando estamos longe de Deus, as nossas experiências humanas não valem nada.
3.) O vento soprava contra o barco – Perceba algo: O barco era fustigado pelas ondas, porém o problema não estava diretamente ligado àquelas ondas, e sim ao vento, gerando o mar revolto e as ondas. Isto, traduzido para a nossa realidade, demonstra que muitas vezes estamos vendo claramente o problema, podemos até tocá-lo, ou no caso dos discípulos ser encharcados por ele, mas a causa do problema nem sempre é visível, e nem sempre podemos tocá-las. Isto naturalmente nos faz ficar focados no problema (palpáveis) e não na causa do problema (invisível).
 No versículo 22 de Mateus 14, Jesus manda seus discípulos entrarem no barco e atravessarem para o outro lado. Mas afinal, se estava de noite, haviam fortes ventos, o mar estava  bravio, por que Jesus permitiu que eles fossem? – Jesus precisava fazer seus discípulos irem além do entendimento e da fé que possuíam. A fé não podia ser limitada e conhecendo seus discípulos ele viu limite na fé de alguns. Para muitos irmãos é muito simples permanecerem onde estão. Não produzem mais por comodismo, não constroem mais por falta de fé.
Jesus estava utilizando a “escuridão”, “as águas revoltas”, “a tempestade” e até mesmo “a sua distância”, para mostrar aos seus discípulos a necessidade de exercitar o poder da fé.
Já no versículo 25 vemos o Senhor dirigindo-se a eles, andando sobre o mar. Simbolicamente Jesus estava andando calmamente em cima do “problema” ou se me permitem “do fantasma” que assombrava os seus discípulos.  Isto mostra o poder soberano de Deus sobre os problemas que afligem a nossa vida.
Romanos 16:20 diz – “Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês” e isto ratifica a soberania de Cristo em relação a todas as nossas dificuldades.
“Deus não queria um ‘Pedrão’ limitado na sua fé e certamente não quer ver você limitado nas suas atitudes, nos seus pensamentos e nos seus atos de coragem”.
Comece a enxergar além das tempestades, levante-se e tome posse da unção poderosa existente em você para andar sobre as águas, por cima dos problemas, e colocar satanás sob a sola dos seus pés.
Deus não colocou você no barco para vê-lo sentado e apavorado, ele o fez para vê-lo levantar-se confiante na sua presença nos momentos de dificuldade. Não se preocupe com o mar agitado, o Deus invisível está pronto para segurar a sua mão, levantá-lo e fazê-lo chegar em terra firme.
Foi para isto que Ele veio, “para fazer cumprir!” e você é filho de um Deus altíssimo para o qual não há limites. Se você crer a posse do milagre será habilitada em você. ANDE SOBRE AS ÁGUAS! Mesmo tendo a breve sensação de não ver Jesus no barco, ele continua sendo Jesus. Jeremias 23:23 – “Sou apenas um Deus de perto” pergunta o Senhor, “e não também um Deus de longe?

Pr. Altamir de Souza
Na visão de multidões.

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