A prefeitura
de São Paulo resolveu tornar oficial o movimento intitulado “rolezinho”, fruto
de diversas críticas e constrangimentos junto à população acostumada a
frequentar os shoppings da cidade. Conforme apurou “Palavra & Mensagem” o evento
oficial acontecerá no próximo sábado no parque do Ibirapuera sob a tutela de
Netinho de Paula, atualmente secretário municipal de Promoção e Igualdade
Racial.
O movimento,
que surgiu nos extremos da capital paulista, encabeçado por jovens famosos nas
redes sociais e cantores do ritmo “funk ostentação” tornou-se um transtorno
para empresários, lojistas e frequentadores dos shoppings de São Paulo, obrigando
alguns destes centros de compra e convivência a fecharem as suas portas em
plena época de final de ano, em virtude dos riscos inerentes de vandalismo e
saques. Neste sentido alguns shopings entraram com recursos junto à justiça buscando
impedir a realização dos “rolezinhos” em suas áreas comuns, como foi o caso do
Shopping Center Aricanduva, onde por determinação do desembargador do Tribunal
de Justiça de São Paulo, Rômolo Russo, manteve-se a “restrição de acesso às concentrações
com grande número de jovens nas dependências do shopping”.
A iniciativa
da prefeitura de São Paulo visa esvaziar as tentativas constantes dos
organizadores dos “rolezinhos” de realizarem estes eventos em locais públicos
sem, contanto, haver nenhuma preocupação com segurança e organização. Diversos
testemunhos em shoppings e outros locais da cidade dão conta de acidentes,
roubos e até mesmo atentados ao pudor em determinadas ocasiões, gerando um
sentimento reverso na sociedade acostumada há mais de duas décadas a utilizar
os shoppings como área de segurança e confiabilidade. Conforme as afirmações do
pagodeiro, ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Netinho de Paula, os
organizadores dos “rolezinhos” formaram uma associação e querem trabalhar como organizadores de evento.
Netinho de Paula, sec. mun. de promoção e igualdade social |
No parque do
Ibirapuera, onde acontecerá o “primeiro rolezinho oficial de São Paulo, com data marcada para
este sábado (15/02) e expectativa de seis
mil jovens, o sentimento dos frequentadores é de apreensão. “Não sabemos o que poderá acontecer neste
final de semana. O Ibirapuera é o meu lugar de descanso de todos os finais de
semana há 11 anos” – Disse Carla Fugini, moradora da região. De acordo com
Netinho de Paula, a prefeitura, a Guarda Civil e Ministério público deverão
estar presentes aos eventos para evitar transtornos, mas resta saber se realmente
haverá estrutura para condicionar em padrões aceitáveis o comportamento dos
esperados seis mil jovens, tomando por base outras concentrações na capital.
Opinião
O tal “Grito
da Periferia”, encabeçado por semifamosos da internet, além de cantores do
ritmo da moda “funk ostentação”, não pode representar a periferia. É de se estranhar jovens que não estudam e não
trabalham, “ostentarem” algo impossível de atingir sem estes dois fatores: Estudo
e trabalho. Mais uma vez a prefeitura colabora com a alienação da juventude
apoiando eventos capazes de aumentar a ignorância e diminuir a capacidade
criativa de uma parcela da pobre da sociedade. Sim pobre! Pobre de educação de
qualidade, pobre de saúde e pobre de dignidade. Enquanto a prefeitura leva 6
mil jovens, em sua maioria das periferias da cidade, ao parque do Ibirapuera
para rebolarem ao som de músicas indecentes outros fatores importantes são
deixados de lado como a melhoria da educação e da qualidade de vida. No próximo
sábado um “rolezinho oficial” vai impedir milhares de pais e até mesmo jovens
de frequentarem um espaço público, não por estarem impedidos legalmente, mas
por abominarem este símbolo tosco de falta de cultura e moral despejado sobre a
cabeça de uma parcela do povo que não se preocupa em ostentar carros, roupas,
bebidas e sexo.
Pr. Altamir
de Souza.
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